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Uma Festa lá nas CUCUIAS . . .

"Nenhuma festa em aeroclube era festa se não tivesse a presença do Bertelli"

Na chegada já tinha dado umas cambalhotas e feito a clássica tomada de campo em vôo invertido.
O povo aflui ao campo, gente aparece de todos os lados. Pelo rosto dele, tenho a impressão que todos me
conhecem. Não sei porque, desço do BUCKER e sou envolvido no meio daquela gente, como se
pertencesse a cada um em particular.

Nesse instante se inicia um verdadeiro rosário de perguntas, desde as mais estapafúrdias às mais
cretinas e arrojadas. A mais comum é sempre: "O senhor não tem medo ?" ou "O senhor vai amarrado ?"

Nesse momento, já lá responde um mais inteligente: "Não precisa amarrar, a velocidade do avião não deixa o piloto cair..."

A conversa vai por aí, quando surge outro que já me viu não sei onde, nem quando, numa festa que também não sabe aonde. Mas jura que me viu em vôo rasante e de dorso, pegando com a mão lenços no chão. A conversa está nesse pé, quando já não me sinto bem, pois uma parte do organismo já se sente saturado, peço licença, por que estou sendo solicitado e me retiro. Dou alguns passos e de novo estou envolvido no meio de outro bloco que se forma começando tudo novamente. Procuro então escapar com desculpas e vou dando o fora.

O sol está quente, minha vontade seria sentar numa grama fresca, à sombra de uma árvore qualquer,sossegar um pouco e ficar filosofando. Nada disso acontece, sou assediado novamente. Neste assédio sinto prazer, alegria, cansaço e ao mesmo tempo tristeza.

Não sei bem explicar. A segurança que os outros em mim depositam tornam-me quase um ser especial e aí a coisa me inquieta. Transformaram a gente numa máquina, onde a coragem audácia e inteligência se misturam para a satisfação do público.

O olhar de todos, parece sempre pedir mais, numa ânsia de loucura do ar, como se nunca a satisfação fosse total.

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